quarta-feira, 9 de abril de 2008

[subterfúgio dos prazeres póstumos]

Na manhã seguinte Akemi foi embora. Me sentei na escrivaninha, fumei um cigarro – ela esqueceu o maço – e em celebração a nós:


"SALTO 23"

O senhor é delator – por tudo que me falta.

Deitar-me faz sobre lençóis vermelhos, guia-me sutilmente em terras quentes e férteis.

Refrigera minha mente; guia-me pelas veredas surreais pela paixão do seu promiscuo nome.

Ainda que eu sobrevoasse o vale das sombras urbanas, não temeria bem algum, por que o mundo esta comigo; a minha vara (meu cajado!) os consola.

Preparemos uma farta mesa, para mim e meus amigos, unges o chão com vinho, os cálices transbordam.

Certamente que a impetuosidade e a paixão seguirão todos os dias de minha vida, e habitarei a casa do SENHOR por longos dias.

2 comentários:

Anônimo disse...

O que permeia nossas? E os sentimentos, o temos?
Será que é uma paixão? Ou um desapego...
Surreal? Que nada isso habita e se refugia dentro de nós...
Parafrasear um Salmo, cuidado Santana...vai mexer com quem está quieto...Deixa que Deus brinque conosco para nos divertimos aqui embaixo.

Danieli Casimani disse...

Massa... muito bom.