segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

pontinho

Hoje eu escrevi com a luz apagada, com uma caneta que falhava. Já comecei, meio que aceitando que no fim, já  não saberia por que comecei, ou melhor, por onde. O porquê eu sei. Estou nostálgico. queria contar algumas histórias, mas sempre, no meio do caminho me bate uma falta, sempre algo tolo. Como um pontinho preto na unha, que sempre leva uma eternidade para desaparecer. E, depois de algum tempo, você já nem se lembra em que unha era.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

TÔ AQUI.

[interlúdio hã?!]

Josias corria. alguns pingos o atingiram antes que pudesse entrar no prédio. Batia os pés no chão, com a estranha sensação que isso o tornava mais seco. Dona Arlete tá esperando, se adiantou o porteiro. Aceno cortes de ambos. Josias esperou. O elevador chegou.

Deivid Damião lia todas as manhãs o Meia Hora. Lambuzava-se e, eventualmente, sumia.

Quando a porta abriu Deivid Damião estava dentro, num ângulo de 45 graus para sul que ninguém nesse mundo, além do Sagrado Sagradíssimo Sábio  Senhor de Javé seria capaz de explicar.

Companheiro, diziam os olhos de ambos sorrindo ao se depararem, um efusivo aperto de mãos, com direito a tapinhas nos ombros. E aí?! E aí?! Deivid Damião decidiu subir novamente, precisava contar as novas.

Maluco! Você sabia que o Olívio mora aqui? Tô vindo da casa dele. Que Olívio? Nunca te falaram, o do olho no joelho?

????????!!!!!!!!HHHããã!!!!!!!!!!!!!??????????

Porra! você não tá sabendo? O cara tem um olho no joelho, o globo ocular completo! Você tem de vê-lo...

Pararam no sexto andar. A porta estava aberta. Corredor cheio, mal pareciam estar num prédio. Se aproximaram...

Olívio tinha mais de um metro e noventa e devia pesar uns cem quilos. Cabelos de cobre e uma super-barbona rúiva. Bastou um olhar de Deivid Damião e Olívio já sabia o que fazer. Levantou a calça acima do joelho esquerdo e Josias pode ver que tinha mesmo a merda de um olho nojento no joelho do cara, com globo salatdo etudo.

Josias achou o máximo!

Foi tomado de uma alegria suprema logo que Olívio começou a exibir-se aos transeuntes do corredor. Levantava se joelho como Daniel San e anunciava com sua voz suave e curta: Choquinho... Chaquinho...

E, efetivamente, cada transeunte levava um:

Choquinho!...