segunda-feira, 8 de novembro de 2010

[interlúdio metropolitano]

Seu nome é Antônio e anda tranquilamente pelas ruas de São Bernardo. Observa com interesse e contempla a desarquiteturta da cidade.

São botinas batidas as que pisam o chão, de couro cru e cheirando a esterco. As barras das calças dobradas e emboladas, deixando a mostra os tendões. Pó. No bolso o canivete, fósforos e o fumo de corda. E sobre o peito uma camisinha xadrez empapada de suor. Chapéu de feltro na cabeça. Ao ombro uma enxada de cabo liso sendo segurada.

E na cintura, por entre o cinto fininho de couro, a herança de família, um 38 com o número de série raspado.

Eh fresquinha boa.

2 comentários:

Danieli Casimani disse...

Ai, esses seres imaginários!!! heheehhe ou ah, esses seres da sua imaginação...
uma ternura agreste ou uma textura agreste
ou...

Anônimo disse...

Querido tou voltando... precisava de um tempo. Mas agora ciclos foram fechados e preciso de mais um subterfúgio

Milla