sábado, 12 de julho de 2008

[subterfúgio da voz]

Como o ar pra respirar. Foi assim que esse momento arrematou meu ser. O gole de vinho e o trago do cigarro. Senti todos os átomos do meu peito apoiados sobre a poltrona. Andei pensando em fazer um ensaio: sobre o prazer e a curiosidade. Bem talvez eu o faça mais tarde, mas isso agora não tem importância...


[a solidão]

Pois é minha feliz e comum amiga... quer uma resposta? Te darei... sim sou um solitário. Mas isso não tem haver com a quantidade de amigo que tenho, pois eu poderia ter mil e, ainda não seria suficiente para sanar minha solidão. Pessoas solitárias podem estar cercadas de gente; continuam solitárias. E se você tem pena de mim... isso só prova que você é tão comum o quanto eu imaginava. Pois bem... saiba que meus poucos amigo satisfazem minhas necessidades. O resto é a solidão crônica de minha alma, que nem você, nem ninguém, há de tirar de mim. E sinto muito pela sua crença.
Se tudo isso faz de mim um merda, o que fará então de você? Pois é, prefiro continuar sendo uma merda única.


[a raiva]

Hoje eu celebro o anjo velho.
No meu lixo
Me reencontro em paginas e paginas e paginas
De letras obsoletas
Desenhos paupérrimos
Arrumo tudo com o maior cuidado
No meu altar inútil
E masoquista
Expedito me olha com a ingenuidade
de quem nunca viu uma buceta
A ele faço o brinde

As vezes (só as vezes) eu compreendo a vilania inútil e tola. José Carlos nunca perdoou ninguém, a falta de uma carta de despedida foi a ultima de suas indelicadezas, a falta de motivo foi seu ultimo ativismo – não é qualquer dia que se pode tacar ovos e Josefina e atirar um livro no Gregor.


[...]

Boa noite.

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